O presidente argentino, Milei, planejava anunciar um “megadecreto” que inclui a revogação de pelo menos 30 leis, desregulamentando a economia do país. Com um total de 350 artigos, o decreto tem como objetivo eliminar leis que, segundo Milei, têm contribuído para décadas de fracasso, empobrecimento e anomalias na Argentina.
Dentre as mudanças anunciadas por Milei, está a revogação da Lei do Aluguel, com o objetivo de descomplicar o mercado imobiliário. Além disso, o presidente argentino revogou as leis que regulamentam o abastecimento de produtos alimentícios e preços de produtos no comércio, bem como determinou o fim da lei que impedia privatizações e a preparação de estatais para serem vendidas ao setor privado.
O pronunciamento do presidente Milei foi feito por meio de um vídeo gravado na Sala Branca da Casa Rosada, onde ele estava acompanhado pelos ministros. A decisão do governo de adiar o anúncio do decreto ocorreu devido aos protestos que reuniram um grande número de pessoas insatisfeitas com as políticas do governo.
Diante desse cenário de descontentamento e protestos, o governo argentino terá que lidar com a oposição e com a insatisfação popular em relação às medidas implementadas pelo presidente Milei. A revogação de leis e a desregulamentação propostas pelo “megadecreto” são vistas como polêmicas e têm dividido opiniões na sociedade argentina.
Com a adiamento do anúncio do decreto e a manifestação popular, o governo argentino terá que repensar sua estratégia e trabalhar para conciliar as diferentes visões e demandas da população. O cenário político e social na Argentina segue agitado e sujeito a mudanças conforme as tensões aumentam e as divergências se intensificam.