As imagens do incidente foram compartilhadas nas redes sociais pelo sheik Rodrigo Jalloul, do Centro Islâmico da Penha. Ele classificou a agressão como islamofobia e ressaltou que outros moradores do condomínio testemunharam o ocorrido, mas, apesar disso, a vítima foi ferida durante o ataque. O episódio foi registrado como crime de lesão corporal pela polícia, mas os agressores não foram identificados.
A comunidade islâmica tem vivenciado um aumento da violência desde o ataque organizado pelo grupo Hamas, que se intensificou após a segunda edição do Relatório de Islamofobia no Brasil, desenvolvido pela Universidade de São Paulo. Especialistas no assunto atribuem esse aumento de violência ao ódio contra seguidores do islamismo e à associação entre eles e atos de terrorismo, intensificada desde o atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
O sheik Rodrigo Jalloul afirmou que casos como o da mulher agredida não são isolados e mencionou relatos de membros da comunidade muçulmana sofrendo hostilidade e sendo alvos de xingamentos e agressões. Ele também ressaltou que a vítima acionou a Polícia Militar após a agressão, mas os agentes a orientaram a ir a uma delegacia para registrar a queixa formalmente, pois o atendimento em dias de semana seria melhor do que em finais de semana.
A Secretaria de Segurança Pública confirmou que o caso foi registrado como lesão corporal e que a vítima relatou que foi agredida por uma vizinha após uma discussão entre seus filhos no dia do ocorrido. A vítima recebeu atendimento médico e foi orientada sobre o prazo para representação criminal na delegacia.
O relato desse episódio traz à tona a importância de se combater a islamofobia e de garantir a segurança e proteção de todos os cidadãos, independentemente de sua religião ou origem étnica. Somente com a conscientização e educação sobre a diversidade religiosa e cultural poderemos construir uma sociedade mais inclusiva e tolerante.