Antes do Acordo de Paris, a consciência global sobre os perigos das mudanças climáticas não era tão difundida quanto é hoje. O relatório destaca que o tema se tornou popular e é discutido em vários setores da sociedade. A mídia também desempenha um papel fundamental na disseminação de informações sobre questões climáticas, mesmo que haja uma crescente incidência de notícias falsas.
Uma das principais mudanças de atitude observadas é o aumento dos protestos climáticos, principalmente envolvendo jovens ativistas e movimentos como o Fridays for Future e o Extinction Rebellion. Essa pressão social tem influenciado os políticos a tomarem medidas significativas.
Além disso, tem-se observado um aumento significativo nos processos judiciais contra Estados e empresas, pressionando pelo cumprimento de leis de proteção climática e ambiental.
Outro ponto mencionado no estudo é a mudança de foco das metas climáticas, que agora giram em torno da busca pela neutralidade de emissões de carbono. Empresas e investidores também têm se mostrado mais interessados em investimentos que respeitem o clima, tornando o investimento sustentável uma norma no mundo financeiro.
A expansão das energias renováveis, como a solar e a eólica, também é destaque no estudo, apontando que essas fontes se tornaram mais acessíveis e competitivas em relação aos combustíveis fósseis.
No setor de transportes, os carros elétricos têm ganhado espaço, com um aumento nas vendas em todo o mundo. Outros avanços incluem o crescimento das vendas de ônibus e caminhões elétricos, apesar dos desafios em relação à infraestrutura de carregamento e aos preços ainda elevados desses veículos.
Apesar dos progressos, os autores do estudo enfatizaram a necessidade de esforços ainda maiores para implementar o acordo climático. No entanto, diante dos desafios globais, eles acreditam ser possível tirar força das mudanças positivas já alcançadas.