A próxima Cúpula do Mercosul está marcada para quinta-feira (7), no Rio de Janeiro, e representa um momento crucial para o futuro do acordo, uma vez que, em 10 de dezembro, Javier Milei assumirá a presidência da Argentina. Durante sua campanha, Milei manifestou oposição ao acordo e defendeu a saída de seu país do Mercosul, o que poderia gerar obstáculos adicionais para a conclusão das negociações com a UE.
Lula expressou sua expectativa de que a União Europeia decida se possui interesse em finalizar um acordo equilibrado, enfatizando a importância de uma aproximação entre as regiões em um contexto de fragmentação política e da construção de um mundo multipolar. O ex-presidente também declarou que, enquanto continuar a acreditar na viabilidade do acordo, ele lutará por sua concretização, ressaltando a importância de avançar nos acordos comerciais, políticos e econômicos.
Durante sua estadia em Dubai, nos Emirados Árabes, Lula se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron, em uma tentativa de impulsionar as negociações. A Alemanha expressou seu apoio ao acordo, com o chanceler Olaf Scholz envidando esforços adicionais para sua conclusão. No entanto, para que o tratado entre em vigor, ele precisa ser aprovado pelo Conselho Europeu e pelo Parlamento Europeu, além de ser ratificado pelos parlamentos de todos os países do Mercosul e da União Europeia.
O acordo abrange uma ampla gama de temas, incluindo questões tarifárias, serviços, compras públicas, facilitação de comércio, entre outros. Lula enfatizou sua determinação em não desistir do acordo e instou todos os envolvidos a demonstrar pragmatismo e estar dispostos a celebrar soluções de compromisso para sua conclusão. O presidente demonstrou ainda estar disposto a continuar conversando com todos os presidentes e ouvir os feedbacks antes de considerar novas abordagens.