A oposição, na última terça-feira (28), inseriu duas emendas de plenário ao projeto como uma estratégia para atrasar a sessão de votos. Apesar disso, a perspectiva é que a Casa vote favoravelmente ao governo Tarcísio, mas a oposição promete uma postura combativa. Para que o projeto se torne lei, será necessária uma maioria simples, ou seja, 48 votos, considerando que a Alesp conta com 94 deputados.
Apresentado na Assembleia em 18 de outubro, o projeto tramitou em regime de urgência e recebeu 173 emendas que buscam adicionar ou modificar dispositivos da proposta, além de quatro substitutivos contrários à desestatização da companhia. Durante o processo na Alesp, sindicatos dos metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp realizaram uma greve conjunta contra a privatização.
Os servidores exigem que Tarcísio promova um plebiscito para que a população decida sobre a desestatização da companhia de saneamento. Porém, o governador afirmou, em coletiva pela manhã, que os processos de privatização continuarão em seu governo, afirmando que “não adianta fazer greve, não tem o que ser negociado, não tem acordo, o governo vai continuar a fazer desestatizações e eles vão continuar discordando”.
O projeto de privatização da Sabesp tem gerado intensos debates e mobilizações, mostrando a divisão de opiniões em relação ao tema. A Assembleia Legislativa de São Paulo está no centro dessas discussões e, nas próximas horas, será decisiva no futuro da companhia de saneamento no estado. A tramitação e votação do projeto continuarão a ser acompanhadas de perto nos próximos dias.