Com um orçamento de cerca de R$ 3,5 bilhões, o gasoduto transportará gás de xisto da reserva de Vaca Muerta, uma das maiores do mundo, para diversos países da região, incluindo o Brasil. Durante uma visita do presidente argentino Alberto Fernández a Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que o BNDES poderia financiar empresas brasileiras interessadas em participar da construção.
Até o momento, no entanto, nenhuma empresa demonstrou interesse no projeto, de acordo com a assessoria de imprensa do banco. No entanto, o BNDES afirmou que, caso haja demanda por apoio para exportações para a Argentina, esta será analisada de acordo com as políticas e normas do banco.
A participação das empresas brasileiras no projeto também depende da disposição de Milei em contar com o apoio indireto do banco brasileiro, uma vez que o ultraliberal demonstrou intenção de reduzir os contatos com o governo Lula.
É importante destacar que a relação econômica entre Brasil e Argentina é de extrema relevância para ambos os países, e a participação de empresas brasileiras em projetos de infraestrutura no país vizinho pode representar uma oportunidade de negócios. A decisão de Milei em relação à participação do BNDES no financiamento do gasoduto Néstor Kirchner certamente terá impacto direto na disposição e interesse das empresas brasileiras em participar dessa megaobra.
A atuação do BNDES e a relação entre empresas brasileiras e o governo argentino prometem ser temas de grande relevância nos próximos meses, especialmente com a transição de presidente na Argentina e as consequentes mudanças nas políticas econômicas e de financiamento para projetos de infraestrutura. A evolução desse cenário certamente será acompanhada com atenção pelo setor empresarial e econômico de ambos os países.