A decisão causou revolta na família de Gustavo, que não concorda com o veredito e planeja recorrer. Segundo a irmã do jovem, Yandra Rafaela Marques, o julgamento não foi justo, pois parentes e amigos não puderam acompanhar toda a audiência. Sua mãe, inclusive, não conseguiu assistir ao julgamento.
Outro aspecto que gerou polêmica foi a permissão para que o policial se ausentasse da sala durante o depoimento das testemunhas. O advogado de Edimilson explicou que o réu estava nervoso e precisou de assistência médica durante o julgamento.
De acordo com os advogados de defesa, o policial agiu em legítima defesa, alegando que a vítima e o condutor da moto apresentaram comportamento suspeito durante a abordagem policial. Além disso, a alegada arma encontrada no local foi descartada como prova, uma vez que a perícia não encontrou digitais dos envolvidos.
O caso gerou uma comoção na opinião pública, dividindo opiniões sobre que atitude foi mais correta. No entanto, a dor da família da vítima é inegável, assim como o sofrimento do policial durante todo o processo.
Até o momento, a Polícia Militar não se pronunciou sobre a situação funcional de Edimilson Dias Ferreira Júnior e sobre os possíveis efeitos de sua absolvição. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Fábio Felix, também se manifestou sobre o caso, expressando solidariedade à família de Gustavo e questionando a decisão do júri.
Independentemente das opiniões, o caso evidencia a complexidade do sistema judiciário e os desafios para se alcançar uma justiça efetiva. O debate sobre a segurança pública e o papel das forças policiais certamente será intensificado a partir desse desfecho.