No momento do registro do novo patamar, o atendimento à carga era feito por 61.647 MW de geração hidráulica (61,1%), 10.628 MW de geração térmica (10,5%), 9.276 MW de geração eólica (9,2%), 8.506 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e mini geração distribuída – MMGD (10,8%). A principal razão para esse comportamento da carga foi a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil.
O calor intenso também foi registrado no Rio de Janeiro, onde foi medida a maior sensação térmica desde 2014, atingindo 58,5 graus Celsius (°C) às 9h15 desta terça-feira (14). Esta medição foi feita pela estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade, enquanto os termômetros marcavam 35,5°C. A onda de calor chegou em um momento atípico do ano, já que normalmente a estação chuvosa já estaria estabelecida e as nuvens funcionariam como um controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático.
Este aumento significativo na demanda de energia elétrica e a influência do clima nas condições de geração de energia destacam a importância de políticas e investimentos que visem uma maior diversificação e eficiência energética, especialmente em um contexto de mudanças climáticas e extremos climáticos cada vez mais frequentes. Este cenário reforça a necessidade de adaptação e resiliência por parte do sistema elétrico nacional para lidar com as demandas crescentes e as variações climáticas que impactam diretamente a geração e distribuição de energia.