A vereadora registrou o momento da agressão em vídeo, que foi encaminhado para a Folha de São Paulo. Nas imagens, o homem é flagrado tirando o pênis para fora da bermuda e se masturbando. Ele também tentou se sentar ao lado de Pauleteh. Em outro momento, ele sacou sua carteira e ofereceu uma nota de R$ 100 à mulher que estava sentada no banco atrás da vereadora. Além disso, ele puxou os cabelos e passou a mão nas pernas de uma mulher de 21 anos, como consta no boletim de ocorrência.
No momento em que o agressor estava tocando a outra vítima, Pauleteh alertou o motorista, que prontamente parou o ônibus em frente a uma base da Polícia Militar Rodoviária. O suspeito foi detido no local.
Durante o diálogo com os policiais militares, o homem confessou ter interesse em realizar atos sexuais, acreditando que Pauleteh, por ser uma mulher trans, estaria disponível para tal. No entanto, a vereadora destacou que o assédio não ocorreu por sua identidade de gênero, mas sim pelo fato do agressor já estar assediando uma mulher no ônibus. Pauleteh ressaltou que o indivíduo possivelmente se sentiu mais confortável em abusar dela por acreditar que ela estaria envolvida na prostituição, devido à marginalidade infelizmente enfrentada por muitas mulheres trans e travestis no Brasil.
O caso será investigado pelas autoridades competentes e o agressor ficará sob custódia aguardando o desenrolar do processo. A bravura de Pauleteh em denunciar o crime evidencia a importância de combater o assédio sexual e garantir a segurança de todos os passageiros em transportes públicos.
