Já as estatísticas monetárias e de crédito, que deveriam ser divulgadas na sexta-feira (27), só serão conhecidas no dia 7 de novembro, nos mesmos horários. Os números incluirão as taxas médias de juros do cheque especial e do cartão de crédito, tanto no rotativo quanto no parcelado.
A divulgação das estatísticas fiscais também sofrerá um adiamento, passando do dia 30 para 8 de novembro, nos mesmos horários das publicações anteriores. Nessa nota, o BC irá revelar o resultado primário, que representa as contas do governo sem os juros da dívida pública, tanto da União quanto dos estados, dos municípios e das estatais, de acordo com a metodologia adotada pela autoridade monetária.
A operação padrão dos servidores do Banco Central tem sido motivo de mobilização desde julho. Entre as reivindicações da categoria estão a reestruturação da carreira e a criação de um bônus de produtividade, similar ao existente para a Receita Federal. Eles também buscaram a equiparação salarial com os procuradores do Banco Central, apontando que economistas com vasta experiência recebem menos em comparação com os advogados, devido aos honorários incorporados aos salários da área jurídica do órgão.
No ano passado, os servidores do BC realizaram uma operação padrão que se estendeu de janeiro a abril, além de terem promovido duas greves: uma entre 1º e 19 de abril e outra entre 3 de maio e 5 de julho.
Com o adiamento da divulgação dos indicadores econômicos de setembro do Banco Central, fica a expectativa e a necessidade de aguardar até o início de novembro para obter informações essenciais sobre o setor externo, as estatísticas monetárias e de crédito, assim como as estatísticas fiscais. A operação padrão dos servidores do BC coloca em evidência as demandas da categoria por melhores condições de trabalho e remuneração, que são temas sensíveis e impactam diretamente na atuação e eficiência do órgão. Resta acompanhar as negociações e esperar por uma solução que atenda às necessidades tanto dos servidores quanto do Banco Central.