Situação humanitária catastrófica: milhões de palestinos deslocados e bombardeios israelenses devastam Faixa de Gaza

Desde o início do conflito entre Israel e Palestina, pelo menos 1,4 milhão de palestinos foram deslocados de suas casas. A situação humanitária na Faixa de Gaza, onde vivem a maioria dos afetados, é considerada “catastrófica”. A comunidade internacional teme uma escalada da guerra, que poderia se espalhar para outros países do Oriente Médio, transformando a região em um verdadeiro “barril de pólvora”.

As autoridades do Hamas, que controlam o território palestino desde 2007, afirmam que 165 mil residências foram atingidas pelos bombardeios israelenses, o que equivale a metade das casas existentes em Gaza. Dessas, 20 mil foram totalmente destruídas ou se encontram em condições precárias, incapazes de serem habitadas.

Os ataques aéreos de Israel têm como objetivo preparar o terreno para uma ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza. Essa ação militar é preocupante devido à presença de armadilhas e túneis no enclave, além do fato de que o Hamas possui experiência em batalhas na região. Isso coloca as tropas israelenses em risco, principalmente porque o Hamas detém mais de 200 reféns israelenses e estrangeiros, sequestrados no primeiro dia da ofensiva.

Além disso, a tensão entre Israel e Líbano também aumentou, com ataques recorrentes entre o Exército israelense e o grupo Hezbollah, aliado do Hamas e pró-Irã. Como consequência, moradores dos dois lados da fronteira têm abandonado suas casas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu o Hezbollah de que cometeria o “erro de sua vida” se decidisse entrar em guerra com o país, prometendo uma resposta devastadora.

Enquanto isso, na Cisjordânia, outro território palestino ocupado, mais de 90 pessoas foram vítimas de ataques do Exército ou de colonos israelenses desde 7 de outubro. A situação se agrava a cada dia, deixando a população palestina ainda mais vulnerável e aumentando as preocupações da comunidade internacional sobre a escalada do conflito.

Neste contexto, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, deixou claro que os Estados Unidos “não hesitarão em atuar” militarmente contra qualquer “organização” ou “país” que buscar ampliar o conflito. A declaração ressalta a preocupação global e a importância de buscar uma solução diplomática o mais rápido possível, a fim de evitar um agravamento ainda maior da crise.

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