Ataque do Hamas a Israel inicia novo capítulo em conflito histórico

No último sábado, um ataque do grupo palestino Hamas contra Israel deu início a mais um capítulo de um conflito que já dura décadas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra aos agressores e mobilizou o exército do país para uma resposta imediata.

A tensão entre Israel e Palestina, que se estende há mais de 70 anos, envolve questões geopolíticas e religiosas. A região é considerada sagrada para o judaísmo, islamismo e cristianismo. As raízes do conflito remontam à década de 1940, quando judeus migraram para a região, gerando atritos com os árabes-palestinos.

Com o fim do mandato britânico sobre a Palestina, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois estados em 1947. Porém, os árabes rejeitaram o acordo alegando que ficariam com as terras com menos recursos. Mesmo assim, os judeus celebraram a criação do Estado de Israel em 1948. Desde então, Israel tem ampliado suas fronteiras em meio a conflitos violentos, enquanto os palestinos estão divididos em dois territórios, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, sem conexão por terra.

O cientista político Leonardo Paz, professor de Relações Internacionais e pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (NPII/FGV), afirma que a situação se agrava pelo fato de Israel deter a soberania do território onde a Faixa de Gaza está inserida. Segundo ele, a nova onda de violência era esperada.

Paz vê um impasse e acredita que as Forças Armadas de Israel vão se mobilizar para ocupar Gaza e resgatar os reféns e que haverá uma resposta dura ao Hamas.

O conflito entre Israel e Palestina envolve diversos atores. Israel, fundado em 1948, enfrentou várias guerras e ocupou territórios. Faz fronteira com países como Líbano, Síria, Jordânia e Egito. Jerusalém é uma região com significado religioso para três principais religiões. O atual primeiro-ministro de Israel é Benjamin Netanyahu.

A Palestina reivindica soberania sobre os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, além de considerar Jerusalém como sua capital. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é a entidade que representa o povo palestino. Em 1993, foi firmado o Acordo de Oslo, que pactuou a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O Fatah é a maior das forças políticas dentro da OLP, e o Hamas é um movimento palestino que surgiu em 1987, sendo considerado uma organização terrorista por vários países. O Hezbollah, aliado do Hamas, é uma organização política e paramilitar.

O cientista político Leonardo Paz destaca que o Hamas não reconhece o Estado de Israel, enquanto Israel afirma que o território é seu e não pode oferecer soberania a um Estado palestino sem garantia de segurança.

O conflito na região é complexo e envolve disputas políticas, territoriais e religiosas. A busca por uma solução pacífica permanece um desafio, e a escalada da violência só agrava a situação.

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