Petrobras espera licença para perfuração de poço na bacia da Foz do Amazonas até 2024, diz presidente Jean Paul Prates

A Petrobras, empresa estatal brasileira, tem expectativa de receber licença para perfurar um poço em busca de petróleo na bacia da Foz do Amazonas até 2024. A região tem sido alvo de disputa entre os setores energético e ambiental do governo. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que eles esperam conseguir a licença no primeiro semestre de 2024, no máximo.

No entanto, a estatal teve seu primeiro pedido de perfuração negado no litoral do Amapá, região considerada ambientalmente sensível e ainda não produtora de petróleo. A empresa já recorreu da decisão, mas o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) ainda não se manifestou.

Apesar disso, a Petrobras conseguiu autorização para perfurar poços na bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte, que já é uma área produtora de petróleo. Essa autorização foi vista como um passo para liberar a exploração em toda a margem equatorial. No entanto, a área ambiental do governo defende a necessidade de uma avaliação ambiental mais ampla antes de se explorar áreas ainda intocadas.

Durante um seminário sobre transição energética patrocinado pela Petrobras e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o presidente do banco, Aloizio Mercadante, reforçou a defesa da exploração de petróleo na margem equatorial. Segundo ele, essa região é a última grande fronteira de petróleo que o país tem. Ele também afirmou que a Petrobras tem condições de explorar a região com segurança e que é preciso descobrir novas reservas para financiar investimentos em energias renováveis.

Jean Paul Prates também ressaltou a importância da “transição energética justa” e alegou que a exploração da margem equatorial é necessária para financiar os investimentos nessa transição. Além disso, eles acenaram com recursos de participações governamentais para a preservação da floresta, embora isso dependa de processos legislativos.

Prates destacou que a perfuração de um primeiro poço não garante necessariamente que a costa do Amapá terá produção de petróleo. Ele afirmou que eventuais descobertas precisam ser dimensionadas com novos poços e que o país terá que decidir se quer ou não produzir petróleo caso seja confirmada uma reserva. E ele ressaltou que, se essa decisão não for tomada agora e se a Petrobras não explorar a região, ninguém mais o fará.

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