O presidente do sindicato, Weller Gonçalves, divulgou uma nota em que classifica a prisão como um ato grave, antidemocrático e um ataque direto ao movimento sindical e ao direito de greve. Ele ainda declarou que a Polícia Militar agiu em favor da Embraer e contra os trabalhadores, ressaltando que tais eventos confirmam a truculência e o autoritarismo por parte da empresa.
Durante a manhã, os trabalhadores da Embraer paralisaram a produção na fábrica por aproximadamente 3 horas. Já no segundo turno de trabalho, houve um atraso de uma hora na entrada dos funcionários. O sindicato informou que a greve, que inicialmente seria por tempo indeterminado, teve de ser suspensa devido à intimidação e ao assédio promovidos pela direção da empresa.
O sindicato também denunciou uma suposta ação ilegal da Polícia Militar, que teria forçado a entrada de trabalhadores na fábrica mesmo após a assembleia ter decidido pela interrupção da produção. Os trabalhadores estão reivindicando um aumento salarial que supere a taxa de inflação.
Em resposta, a Polícia Militar emitiu uma nota informando que, durante o acompanhamento da manifestação, uma equipe teria sido hostilizada por duas pessoas, que foram detidas e encaminhadas à delegacia. A autoridade policial enviou o caso para a Polícia Federal, para dar continuidade às investigações.
Até o momento, a Embraer não se manifestou sobre a greve ou sobre as críticas feitas pelo sindicato. O clima na fábrica permanece tenso, com os trabalhadores insatisfeitos e em busca de uma solução para suas demandas. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região continua acompanhando a situação de perto e prometendo seguir defendendo os interesses e os direitos dos trabalhadores.