Atualmente, o Bolsa Família já faz um pagamento per capita de R$ 142 por família, mas oferece um complemento para garantir o valor mínimo de R$ 600. Essa mudança foi realizada em março deste ano, quando o programa voltou a se chamar Bolsa Família, nome utilizado durante os governos do PT. Na gestão anterior, de Jair Bolsonaro, o programa tinha sido renomeado como Auxílio Brasil.
Segundo o Banco Mundial, o modelo proposto por eles reduziria a proporção de famílias pobres para 25,7%, considerando uma linha de corte de meio salário mínimo. Já a pobreza infantil seria de 41,2%. Além disso, o custo do programa seria de R$ 129,5 bilhões. Em contrapartida, o modelo vigente, com o piso de R$ 600 por família, resultaria em uma proporção de pobreza de 25,9% e pobreza infantil de 42,3%, com custo de R$ 140,7 bilhões.
No entanto, o Ministério e o Banco Mundial possuem divergências quanto aos cálculos. O governo argumenta que a redução nos custos do programa só é possível porque a instituição não considera o complemento necessário para alcançar o valor mínimo do auxílio.
O estudo do Banco Mundial não prevê o complemento e defende a adoção de um modelo de pagamento baseado no número de membros da família. A entidade alega que essa mudança resultaria em uma redução dos custos e um impacto maior na redução da pobreza.
Apesar das recomendações do Banco Mundial, o governo mantém a postura de manter o valor mínimo do Bolsa Família em R$ 600, priorizando a palavra do presidente Lula e visando valorizar o pagamento per capita no futuro, sem deixar de ter o valor mínimo.