Ao todo, foram registradas 474 mortes causadas por policiais militares no estado, um número que supera os anos anteriores ao governo de Tarcísio de Freitas, mas que ainda é menor do que o registrado em 2020, durante o primeiro ano da pandemia. Na capital paulista, 193 pessoas morreram em confrontos com policiais militares em serviço, um aumento de 93% em relação a 2023.
Especialistas apontam possíveis explicações para esse aumento alarmante. Rafael Rocha, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz, acredita que o discurso que minimiza confrontos por parte do governador e do secretário de Segurança Pública pode ter influenciado esse cenário. Além disso, a diminuição do papel das câmeras e sistemas de supervisão do uso da força pelas polícias também foi destacada como um fator que contribui para o aumento dos homicídios.
A situação também impacta diretamente os policiais, com um aumento no número de mortes de agentes em serviço na cidade de São Paulo. Em nove meses, oito policiais militares perderam a vida, um aumento em relação aos anos anteriores. Esse cenário coloca em evidência a complexidade da segurança pública, que afeta tanto a população quanto os próprios agentes de segurança.
Diante desse panorama, é essencial que medidas eficazes sejam tomadas para garantir a segurança da população e dos profissionais que atuam na linha de frente. A transparência, a fiscalização e o respeito aos direitos humanos devem ser pilares fundamentais na atuação das forças de segurança, visando a redução da violência e o respeito à vida de todos os cidadãos.