Técnicos do Ibama rejeitam estudos da Petrobras para exploração de petróleo na Amazônia: pedido de licença ambiental é indeferido

Técnicos do Ibama rejeitaram recentemente os estudos apresentados pela Petrobras para explorar petróleo no Bloco 59 da bacia Foz do Amazonas. O documento de negativa foi assinado por 26 técnicos do órgão ambiental e agora será avaliado pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

De acordo com a análise técnica, a reapresentação do pedido de licença ambiental e a revisão do Plano de Proteção à Fauna pela Petrobras não apresentaram soluções adequadas para as questões levantadas anteriormente pelo órgão. Os técnicos sugerem o indeferimento da licença ambiental e o arquivamento do processo de exploração de petróleo na região.

O parecer destaca a falta de uma alternativa viável para mitigar a perda de biodiversidade em caso de vazamento de óleo, considerando a grande diversidade marinha e a sensibilidade dos ecossistemas impactados. Além disso, aponta contradições no estudo de impacto ambiental da Petrobras em relação aos impactos das atividades de apoio aéreo nas comunidades indígenas.

A análise técnica também aponta que a conduta da empresa poderia gerar potenciais conflitos no território impactado e que há inconsistências no manejo da fauna atingida por óleo. Os técnicos ressaltam a necessidade de a Petrobras atender às normas preconizadas pelo Manual de Boas Práticas para o manejo da fauna atingida.

Em resumo, o parecer dos técnicos do Ibama destaca as falhas nos estudos apresentados pela Petrobras e recomenda a rejeição da licença ambiental para a exploração de petróleo no Bloco 59 da bacia Foz do Amazonas. A decisão final cabe ao presidente do Ibama, após avaliar as considerações técnicas apresentadas pelo órgão ambiental.

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