A posse de Bruno ocorreu juntamente com outros 18 colegas no dia 1º de julho, em uma cerimônia realizada em Salvador. Em entrevista à coluna, Bruno afirmou que sempre se enxergou como pardo e que independente do resultado judicial, continuará se vendo dessa forma. Ele também expressou sua insatisfação com a forma como o processo tem sido abordado pela mídia, caracterizando as reportagens como um “ataque à sua imagem”.
O candidato também ressaltou que o seu caso não é único e que a busca por seus direitos é legítima. Ele afirmou que está exercendo o seu direito de se identificar como pardo e recorrer ao judiciário, e criticou a forma como a mídia tem tentado denegrir sua imagem de forma injusta.
Segundo o relatório da comissão examinadora do concurso, a análise do fenótipo de Bruno identificou características como “pele branca, nariz alongado, boca com traços afilados e cabelos naturalmente não crespos”. Essa avaliação levou à reprovação de Bruno como candidato negro, gerando todo o imbróglio judicial em torno do caso.
A decisão do TJBA de nomear Bruno Gonçalves como auditor do TCE mesmo após ter sido reprovado no concurso para candidatos negros levanta questões importantes sobre a política de cotas e a representatividade racial no serviço público. A discussão sobre as percepções de raça e identidade ganha destaque neste caso polêmico.