Maduro evitou responsabilizar diretamente Lula pelo veto, mas criticou os funcionários do Itamaraty, a chancelaria brasileira, alegando que esta sempre conspirou contra a Venezuela. Ele ainda acrescentou que o Itamaraty tem sido um “poder dentro do poder” no Brasil por muitos anos e que possui uma forte ligação com o Departamento de Estado americano, desde a época do golpe de Estado contra João Goulart.
As declarações de Maduro lançaram luz sobre a relação bilateral entre Brasil e Venezuela e trouxeram à tona a questão da influência externa nas decisões de política externa brasileira. A atitude do governo brasileiro em relação à Venezuela no contexto do Brics também levantou questionamentos sobre a posição do país em relação aos seus vizinhos sul-americanos e a sua postura em relação a blocos regionais como o Brics.
A expectativa agora é de que Luiz Inácio Lula da Silva se pronuncie sobre o assunto e esclareça sua posição em relação ao veto brasileiro à Venezuela no Brics. Suas declarações poderão ter impacto na dinâmica política e diplomática entre os dois países e influenciar a percepção internacional sobre a posição do Brasil em relação à crise na Venezuela.