A família do acusado defende que ele não cometeu nenhum crime, alegando que apenas permitiu que crianças praticassem esportes no campo sem pagar a taxa regular, cobrando apenas pelo custo do treinador. No entanto, segundo denúncias, o dinheiro teria sido desviado para benefício próprio de Perlov.
Um aspecto curioso da história é o passado esportivo de Perlov, que aos 62 anos é um medalhista de ouro olímpico na modalidade de marcha atlética, tendo conquistado a vitória nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992.
O caso teve uma reviravolta surpreendente quando Perlov foi supostamente pressionado a concordar em participar de um conflito armado na Ucrânia em troca do arquivamento do processo de desfalque contra ele. A filha de Perlov, Alina, relata que o pai recusou a proposta por duas vezes e, como consequência, foi colocado em uma cela de punição rigorosa e proibido de manter contato com a família.
Essa situação peculiar reflete as mudanças na legislação russa, aprovada em março de 2024, que obriga tanto promotores quanto advogados a informar aos acusados a opção de participar de operações militares, em lugar do julgamento judicial. Essa nova abordagem tem sido alvo de críticas e levantado questionamentos sobre a pressão exercida sobre os detidos.
A família de Perlov mantém a esperança de provar a sua inocência, porém, enfrenta desafios e incertezas diante das circunstâncias obscuras que envolvem o caso. O futuro de Andrey Perlov permanece incerto, assim como as repercussões de um sistema legal que introduz novas dinâmicas e dilemas éticos. O caso de Perlov é um exemplo de como a busca por justiça e a manutenção dos direitos individuais podem ser comprometidas em um contexto de conflito e pressões externas.