Ativista contra a caça de baleias, Paul Watson permanecerá detido na Groenlândia até 13 de novembro, aguardando decisão de extradição.

O renomado ativista ambiental Paul Watson, conhecido por sua luta contra a caça de baleias, terá sua detenção prolongada até o dia 13 de novembro, conforme decisão da Justiça da Groenlândia emitida nesta quarta-feira (23). O governo dinamarquês optou por estender o período de prisão de Watson para avaliar o pedido de extradição feito pelo Japão, país envolvido no caso.

Fundador da ONG Sea Shepherd e da fundação que leva seu nome, Watson foi detido em 21 de julho enquanto se dirigia com seu navio John Paul DeJoria para interceptar um navio baleeiro japonês. O Japão solicita a extradição do ativista desde 2012, acusando-o de obstrução de atividade comercial e de causar danos e ferimentos durante confrontos ocorridos em 2010 no oceano Antártico.

As acusações envolvem lesões infligidas a um marinheiro da embarcação Shonan Maru 2 em fevereiro de 2010, além de abordagens agressivas a navios japoneses. A decisão sobre a extradição de Watson caberá ao Ministério da Justiça dinamarquês, que ainda analisa o caso.

Em setembro, os advogados do ativista entraram em contato com o relator especial das Nações Unidas para os defensores do meio ambiente, alertando sobre o risco de tratamentos desumanos que Watson poderia enfrentar se fosse enviado para a prisão no Japão. Diante da situação, Watson solicitou asilo político na França, ainda sem definição sobre o pedido.

O Japão faz parte dos últimos países do mundo que ainda praticam a caça comercial de baleias, juntamente com Noruega e Islândia. A situação de Watson levanta questões sobre a proteção dos defensores ambientais e o embate entre interesses comerciais e preservação da vida marinha. A decisão final sobre o ativista e seu futuro continuarão a gerar debates e discussões em âmbito internacional.

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