Criminosos usam ônibus como barricadas em disputa entre milicianos e traficantes na zona oeste do Rio de Janeiro

Na madrugada desta quarta-feira (23), a zona oeste do Rio de Janeiro foi palco de mais um episódio de violência envolvendo criminosos. Três ônibus foram sequestrados e utilizados como barricadas nas comunidades da Tijuquinha e Muzema. Essas áreas estão no centro de uma disputa entre milicianos, que historicamente dominavam a região, e traficantes ligados ao Comando Vermelho, que recentemente ocuparam parte dessas comunidades.

Para lidar com essa situação, o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e o Choque realizaram uma operação na região. Durante a ação, os policiais foram atacados a tiros em uma área de mata na Tijuquinha, resultando em um confronto. Apesar do tiroteio, não houve registros de prisões, apreensões ou feridos.

Os ônibus sequestrados foram usados para bloquear a estrada do Itanhangá, mas as forças policiais conseguiram remover os veículos e liberar a via pela manhã. No entanto, esses episódios de sequestro de ônibus têm se tornado comuns na região, com criminosos ordenando que os passageiros desçam e, em seguida, roubando os veículos para usá-los como barricadas.

Desde o início do ano, mais de 100 ônibus foram sequestrados na cidade do Rio de Janeiro, causando transtornos à população e à prestação dos serviços de transporte público. Diante desse cenário, o governo estadual está estudando formas de implementar monitoramento em tempo real dos veículos para evitar que sejam sequestrados e utilizados em ações criminosas.

A comunidade da Tijuquinha, Muzema e Rio das Pedras, localizada às margens da lagoa da Tijuca, tem enfrentado desafios de mobilidade devido à violência na região. Com a alteração constante das linhas de ônibus e a falta de opções de transporte público, muitos moradores têm relatado a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar outros meios de deslocamento, incluindo balsas ilegais que operam na lagoa da Tijuca.

Diante desse contexto de insegurança e dificuldades de mobilidade, a população aguarda por soluções efetivas que garantam a segurança e o acesso a serviços essenciais, como o transporte público. Enquanto isso, a violência e a instabilidade persistem nas comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro, exigindo uma resposta urgente das autoridades competentes.

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