Segundo fontes próximas ao caso, a CSN planeja entrar com novas ações judiciais para contestar as práticas da Ternium, com o objetivo de proteger os interesses dos acionistas minoritários da Usiminas. A empresa brasileira alega que a rival estrangeira tem utilizado executivos da Usiminas para atacá-la e realizar transações sem consulta aos acionistas minoritários.
A disputa teve início em 2011, quando a Ternium adquiriu 27,7% da Usiminas, entrando no grupo de controle da empresa sem tê-lo. A CSN, que detém 12,9% das ações da siderúrgica, contestou a mudança no controle acionário da Usiminas, alegando que deveria ser acionado o mecanismo de “tag along”, o qual garante aos acionistas minoritários o direito de receber uma oferta por suas ações em caso de mudança no controle da empresa.
A batalha judicial entre as duas empresas se intensificou após a decisão favorável à CSN no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que concedeu uma indenização de R$ 5 bilhões à empresa brasileira. A Ternium, por sua vez, negou as acusações da CSN e defendeu que não houve troca de controle na Usiminas.
O embate também ganhou contornos internacionais, com o ministro das Relações Exteriores da Itália manifestando preocupação com a situação da Usiminas, empresa controlada pela Techint, grupo ítalo-argentino. A briga de bastidores entre CSN e Ternium continua a se desenrolar, com novos capítulos sendo escritos no cenário jurídico e comercial. Aguarda-se um desfecho definitivo para essa disputa que envolve interesses econômicos e acionários de grande magnitude.