“I Saw The TV Glow”: Juventude perdida entre a realidade e a ficção se refugia na televisão em filme de Jane Schoebrun.

No filme “I Saw The TV Glow”, dirigido por Jane Schoebrun, somos apresentados à história do jovem Owen, interpretado por Justice Smith, que vive sufocado pela rigidez de seu pai e isolado dos colegas de escola. Para escapar dessa realidade opressora, Owen se refugia nos programas de televisão, encontrando mais conexão com a trama de “The Pink Opaque”, uma série de fantasia, do que com sua própria vida.

A trama se desenrola quando Owen conhece Maddy, interpretada por Brigette Lundy-Paine, sua única amiga, com quem compartilha madrugadas maratonando o seriado. A obsessão de Owen pelo programa acaba por confundir os limites entre a ficção e a realidade, levando a uma imersão profunda no mundo da televisão.

Jane Schoebrun, em sua “Screen Trilogy”, que explora a relação humana com as telas digitais, propõe uma reflexão sobre a influência das mídias na vida das pessoas. Em “I Saw The TV Glow”, a diretora expande o universo do filme anterior, “We’re All Going to the World’s Fair”, ao introduzir um enredo mais complexo e repleto de surpresas.

A narrativa nos leva a questionar a relação de Owen com as imagens da televisão e como essas influenciam sua percepção da realidade. O filme aborda temas como identidade, adolescência e escapismo, utilizando elementos visuais e sonoros impactantes para imergir o espectador nesse universo fantástico.

No entanto, apesar da riqueza de detalhes e da originalidade da proposta, “I Saw The TV Glow” apresenta alguns tropeços, como a sobrecarga de símbolos e metáforas visuais, que podem distrair o espectador da essência da história. A necessidade constante de estimular a audiência pode prejudicar a experiência cinematográfica.

Em meio a esse cenário, o filme se destaca como uma obra que transcende as barreiras do convencional, explorando temas profundos de forma inovadora. A espera pelo terceiro capítulo da trilogia de Jane Schoebrun é aguardada com expectativa, para ver até onde a diretora é capaz de nos levar nesse universo de reflexão e fantasia.

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