Polícia Militar de São Paulo: MP denuncia dois policiais da Rota por morte de jovem durante abordagem na capital

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) apresentou uma denúncia contra dois policiais das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) no último sábado, dia 12. Os agentes foram acusados pela morte de um jovem de 20 anos durante uma abordagem no começo do ano passado, na Avenida Cecília Lottenberg, zona sul da capital paulista.

Luiz Fernando Alves de Jesus foi atingido por disparos de arma de fogo após uma intervenção policial. Um vídeo divulgado na época mostra que ele foi alvejado mesmo estando no chão. Além disso, uma pedestre também ficou ferida por um tiro de raspão durante a ação.

De acordo com a promotora do caso, Luiza Favaro Batista, os policiais Filipi Rufino de Andrade e Richard Wellyngton Vetere atiraram em Luiz Fernando mesmo sem ele ter a possibilidade de se defender e sem estar armado. A denúncia também inclui acusações de fraude processual contra um terceiro agente envolvido na situação.

Após a conclusão do inquérito policial conduzido pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os policiais foram denunciados pelo Ministério Público. O secretário da Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, defendeu os agentes envolvidos, afirmando que nenhum policial que sai de casa para proteger a sociedade será injustiçado.

Entretanto, a denúncia do MP destaca que os policiais atiraram em Luiz Fernando mesmo depois dele estar ferido e tentar fugir. Além disso, eles são acusados de omissão de socorro e fraude processual. O laudo necroscópico apontou que a vítima foi atingida por pelo menos três disparos de um fuzil e uma pistola.

A denúncia também ressalta que os policiais tentaram forjar a presença de uma arma de fogo junto ao corpo de Luiz Fernando, mas o laudo pericial não confirmou essa informação. A investigação do caso contou com as câmeras corporais dos PMs, que ajudaram a esclarecer a dinâmica da ocorrência.

A Polícia Militar informou que o Inquérito Policial Militar (IPM) foi encaminhado à Justiça comum, com solicitação de mais prazo para continuar as investigações. A corporação aguarda retorno do Poder Judiciário para concluir as apurações e tomar as medidas cabíveis.

Diante disso, o caso continua em processo de investigação e análise pelas autoridades competentes para esclarecer o ocorrido e buscar a devida responsabilização dos envolvidos.

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