Líder do Hamas é morto em bombardeio a prédio onde se escondia, causando abalo no grupo e aumento da tensão no Oriente Médio.

Em 1988, um dos líderes do grupo extremista Hamas, Yahya Sinwar, fundou o Majd, o serviço de segurança interna da organização. Essa atuação o levou a ser preso um ano depois, tornando-se líder dos prisioneiros palestinos. Durante seu tempo na prisão, Sinwar viu diversos de seus mentores serem eliminados por Israel, incluindo Ahmed Yassin e Salah Shehade, o fundador das brigadas Ezzedin Al Qasam, o braço armado do Hamas. Além disso, seu nome constava na lista americana de “terroristas internacionais”, sendo alvo de múltiplas tentativas de assassinato.

Condenado a 426 anos de prisão por envolvimento no sequestro e assassinato de soldados israelenses e palestinos suspeitos de espionagem, Sinwar foi solto em um acordo de troca de prisioneiros em 2011. Durante os 23 anos em que esteve detido, ele adquiriu conhecimentos de hebraico e assuntos de política interna do país.

Após sua liberação, Sinwar rapidamente ascendeu na hierarquia do Hamas, substituindo Ismail Haniyeh, que foi morto em Teerã. A morte de Haniyeh representou um grande golpe para o grupo extremista e um ponto crítico para o conflito no Oriente Médio.

A visão de Sinwar era de que Israel não era apenas um inimigo político, mas uma potência ocupante. Sua liderança no Hamas trouxe novas perspectivas para o grupo, em um momento de aumento das tensões na região.

O anúncio da morte de Ismail Haniyeh ocorreu em meio a uma escalada de confrontos e demonstra a fragilidade da situação no Oriente Médio. Com a perda de um líder tão importante, o futuro do Hamas e do conflito com Israel ficam ainda mais incertos.

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