Cuba enfrenta emergência energética devido à dificuldade de importação de combustível, provocando apagões de até 20 horas em algumas províncias.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, fez um comunicado pelas redes sociais informando que a ilha está passando por uma situação de “emergência energética” devido à dificuldade de importar combustível para abastecer o sistema de energia do país. Segundo o presidente, o cenário complexo é causado principalmente pela intensificação das sanções e perseguições financeiras e energéticas impostas pelos Estados Unidos.

A energia elétrica em Cuba é gerada principalmente por oito centrais termelétricas desgastadas, centrais flutuantes alugadas de empresas turcas e grupos de geradores. No entanto, o fornecimento de combustível é essencial para manter essas infraestruturas em funcionamento. Na última quinta-feira, o país registrou um déficit de quase 50% na geração de eletricidade, resultando em apagões de até 20 horas em algumas províncias em um único dia.

Lázaro Guerra, diretor-geral de eletricidade do Ministério de Energia e Minas, revelou que o déficit de energia elétrica chegou a mais de 1.000 megavolts em todas as horas do dia, podendo atingir 1.678 durante a demanda máxima. Os cubanos enfrentam há três meses apagões cada vez mais frequentes, com um déficit de até 30% na cobertura nacional em muitos dias.

Essa crise energética tem impactado diretamente a população cubana, que se vê diante de cortes de energia prolongados e frequentes. O governo está buscando soluções para contornar a situação e garantir o fornecimento de energia elétrica para todos os setores do país. A situação evidencia a fragilidade do sistema energético de Cuba e a necessidade de investimentos e políticas de segurança energética para evitar crises como essa no futuro.

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