Ministério de Minas e Energia decide sobre retorno do horário de verão em 2024 para combater crise energética no Brasil

O Ministério de Minas e Energia está prestes a anunciar a decisão sobre o retorno do horário de verão em 2024. A medida, que visa diminuir o consumo de energia elétrica durante o horário de pico, está sendo avaliada em um momento de baixos níveis nos reservatórios das hidrelétricas, em um cenário hidrológico desfavorável.

Integrantes do governo informaram que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentará novos estudos sobre as condições de fornecimento de energia e possíveis mudanças nas previsões hidrológicas. Um levantamento inicial do ONS indicou que a adoção do horário de verão poderia resultar em uma economia de até R$ 400 milhões, podendo chegar a R$ 1,8 bilhão anualmente a partir de 2026.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a retomada do horário de verão em 2024 só ocorrerá se for “imprescindível”. A decisão ainda está em aberto e a janela ideal para implementação seria entre 15 de outubro e 30 de novembro. Se adotada, a medida não deve entrar em vigor antes do segundo turno das eleições, marcado para o dia 27 deste mês.

A possível volta do horário de verão surge da necessidade de otimizar o uso das fontes de energia renovável, como solar e eólica, e reduzir o acionamento das termelétricas, que são mais caras e poluentes. O deslocamento do relógio adiantaria o período de pico de demanda de energia para coincidir com os horários de maior geração de energia pelas fontes renováveis.

O horário de verão foi continuamente adotado no Brasil a partir de 1985, sendo suspenso em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro. No entanto, diante do atual cenário de crise hídrica e aumento do custo com termelétricas, discute-se a reintrodução da medida. A recomendação do ONS é baseada na possibilidade de redução de até 2,9% na demanda máxima de energia nos horários de pico, aliviando a pressão sobre o sistema elétrico.

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