A expulsão do principal diplomata indiano, Sanjay Kumar Vermae, e de outros cinco funcionários, foi justificada pelo governo canadense como uma ação para proteger a segurança pública do país. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que há evidências claras e convincentes da participação dos agentes indianos em atividades criminosas.
A Índia, por sua vez, reagiu expulsando seis diplomatas canadenses e justificando a medida como uma decisão voluntária devido ao “ambiente de extremismo e violência” no Canadá. A tensão entre os dois países aumentou após o assassinato de Nijjar, que foi atribuído a uma ação orquestrada por Nova Déli.
As acusações e contra-acusações entre Canadá e Índia refletem a complexidade das relações diplomáticas internacionais. Autoridades canadenses alegam ter provas concretas das atividades criminosas realizadas pelos funcionários indianos, enquanto o governo indiano nega veementemente as acusações, argumentando que são motivadas por interesses políticos.
A investigação sobre a suposta rede criminosa montada pelo governo indiano dentro do Canadá para assediar e intimidar sikhs contou com a colaboração do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos. A tensão entre os dois países se dá em um contexto global em que outras potências, como os EUA e a União Europeia, buscam estabelecer alianças estratégicas com a Índia como contrapeso a outras potências regionais, como Rússia e China.
Essa disputa diplomática entre Canadá e Índia revela as tensões e rivalidades que permeiam o cenário internacional, envolvendo questões de segurança, interesses políticos e geopolítica. A expulsão de diplomatas é apenas um capítulo dessa saga que coloca em xeque as relações entre dois países importantes no contexto global.