Considerado um dos maiores eventos astronômicos de 2024, o cometa está tão próximo da Terra, a cerca de 70 milhões de quilômetros, que será visível a olho nu a partir de 12 de outubro. Os cientistas levantaram a hipótese de que ele poderia se desintegrar durante sua passagem próxima ao Sol, mas felizmente sobreviveu quase intacto.
Robert Massey, vice-diretor da Royal Astronomical Society da Grã-Bretanha, ressalta a raridade de cometas brilhantes e aconselha aproveitar a oportunidade única de observar esse fenômeno celeste. Composto principalmente de gelo, poeira e materiais rochosos, os cometas brilham quando o calor do Sol vaporiza o gelo, criando uma cauda luminosa.
Desde setembro, o cometa foi observado a partir do hemisfério sul, mas a partir de meados de outubro será visível também no hemisfério norte. Locais escuros e com boa visão do horizonte são ideais para a observação. O Tsuchinshan-ATLAS estará entre as constelações de Escorpião e Sagitário, e mais tarde próximo à estrela Arcturus e ao planeta Vênus.
Aplicativos móveis podem ajudar na localização das constelações, estrelas e planetas. Embora seja possível avistá-lo a olho nu nas melhores condições, é aconselhável utilizar binóculos ou um telescópio simples para uma experiência mais detalhada. O cometa desaparecerá no próximo mês e não voltará a passar pela vizinhança do Sistema Solar por 80 mil anos.
Cometas brilhantes visíveis da Terra são raros, tornando o Tsuchinshan-ATLAS um fenômeno especial. Seu brilho é classificado entre 2 e 4 em uma escala logarítmica, com referências a outras estrelas e objetos celestes luminosos. Apesar das incertezas sobre futuros eventos astronômicos, a oportunidade de observar esse espetáculo único no céu não deve ser desperdiçada.