Os estados da Colômbia e Espanha, uma empresa de salvamento dos Estados Unidos e grupos indígenas da América do Sul reivindicam direito sobre o tesouro. O caso foi parar no Tribunal Permanente de Arbitragem em Haia, após disputas judiciais na Colômbia e nos EUA. Enquanto o governo colombiano deseja resgatar os restos do navio e colocá-los em um museu, caçadores de tesouro enxergam o valor comercial da carga, estimado em até US$18 bilhões.
No entanto, arqueólogos argumentam que naufrágios, como o San José, devem ser preservados no local onde se encontram, pois representam um cemitério marítimo. A historiadora Carla Rahn Phillips ressalta a complexidade da situação, envolvendo diversos interesses e opiniões divergentes.
O naufrágio do San José ocorreu em 1708, durante o conflito entre Espanha e Grã-Bretanha, quando um navio britânico interceptou a embarcação e a afundou acidentalmente. A descoberta do navio na década de 1980 pela empresa de salvamento dos EUA desencadeou uma batalha judicial que se arrasta até hoje. Com valores estimados entre US$7 bilhões e US$18 bilhões, o tesouro inclui uma vasta quantidade de ouro, prata e esmeraldas.
A questão de quem é o legítimo dono do tesouro do San José levanta debates sobre direito internacional, preservação histórica e respeito às comunidades indígenas. Enquanto alguns defendem a recuperação do tesouro para evitar saques, outros argumentam que o valor científico e histórico do naufrágio supera qualquer interesse comercial. Em meio a essas discussões, o destino do valioso galeão espanhol continua incerto, aguardando uma decisão que possa satisfazer as partes envolvidas.