Tensões entre Israel e Irã impulsionam preço do petróleo para maior alta em dois anos, com possibilidade de interrupção do fornecimento.

O mercado de petróleo está em alerta devido aos receios de um possível ataque de Israel a instalações petrolíferas iranianas em retaliação a um ataque de mísseis ao seu território. Essa tensão geopolítica fez com que o preço do barril de Brent em Londres alcançasse a maior alta semanal em dois anos, com um avanço de mais de 9% ao longo da semana.

A escalada das hostilidades aumenta a possibilidade de interrupção do fornecimento de petróleo do Oriente Médio, região responsável por cerca de um terço do fornecimento mundial de petróleo. O Irã, terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, poderia ter sua capacidade de exportação comprometida em caso de ataque de Israel.

O Citigroup estima que um grande ataque israelense poderia retirar 1,5 milhão de barris por dia do mercado, impactando significativamente os preços do petróleo. Além disso, há a preocupação de que o Irã possa reagir e mirar a infraestrutura energética de países vizinhos ou rotas de abastecimento vitais, como o Estreito de Ormuz.

Apesar das tensões, analistas apontam que um ataque de Israel às instalações petrolíferas do Irã é a opção menos provável devido às repercussões geopolíticas e possíveis respostas do Irã e seus aliados. No entanto, o mercado de opções de petróleo indica um aumento da volatilidade e dos preços, com investidores buscando proteção contra possíveis altas.

A crise também está afetando a logística marítima, com um aumento nos custos de transporte por petroleiros. O cenário incerto e a possibilidade de interrupção do fornecimento de petróleo do Oriente Médio mantêm os investidores e analistas atentos aos desdobramentos da situação, que podem impactar significativamente os mercados globais e a economia mundial.

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