A ação, ainda não comentada por Israel, faz parte da estratégia de Tel Aviv de ampliar suas atividades contra os rivais regionais. Há um ano, teve início a atual guerra no Oriente Médio, desencadeada por um ataque do Hamas que resultou em 1.200 mortos e 251 reféns em Israel.
Desde então, a violência só tem aumentado. O governo de Binyamin Netanyahu não conseguiu destruir o Hamas nem libertar os possíveis 64 cativos ainda vivos, mas conseguiu enfraquecer o grupo para um nível de insurgência. De acordo com números palestinos, a guerra já causou a morte de 41.500 pessoas, sendo que metade delas seriam combatentes do Hamas, como afirma Israel.
O Hezbollah também entrou na luta de forma parcial, intensificando a situação no norte do país. Recentemente, Israel decretou que não toleraria mais a exclusão de 60 mil moradores da região, resultando em ataques mais intensos contra o Hezbollah. Na última sexta-feira (27), o líder do grupo fundamentalista, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque israelense.
Além disso, aviões israelenses bombardearam o centro de Beirute, pela primeira vez desde 2006, resultando na morte de três líderes da Frente Popular de Libertação da Palestina. A escalada de conflitos na região eleva a expectativa em relação à reação do Irã, o principal apoiador dos grupos anti-Israel na região.
Com a agressividade de Israel e o apoio dos Estados Unidos, aliado de Tel Aviv, a região do Oriente Médio enfrenta uma crescente instabilidade. Por sua vez, Israel também enviou sinais através de um ataque ao porto de Hodeidah, no Iêmen, controlado pelos rebeldes houthis apoiados pelo Irã. A incursão aérea a 1.800 km de distância foi uma demonstração das capacidades militares de Israel e de sua determinação em enfrentar seus adversários na região.