Nos últimos cinco anos, Taiwan tem observado um aumento nas atividades militares chinesas, o que tem gerado preocupações no governo democrático da ilha. A China, por sua vez, considera Taiwan como parte de seu território e tem reivindicado soberania sobre a região.
De acordo com os relatórios diários do Ministério da Defesa taiwanês, foram detectadas 43 aeronaves militares chinesas operando ao redor da ilha, com 11 delas cruzando a linha mediana do Estreito de Taiwan. Além disso, 23 dessas aeronaves voaram ao sul de Taiwan, passando pelo Canal de Bashi, e rumaram ao longo da costa leste da ilha, sem entrar no espaço aéreo territorial.
Fontes de segurança, que preferiram não se identificar devido à sensibilidade do assunto, afirmam que esses voos fazem parte de exercícios anuais realizados pela Força Aérea chinesa. Os exercícios têm como objetivo simular ataques no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China, visando negar o acesso de forças estrangeiras em caso de conflito na região.
O novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te, tem demonstrado disposição para dialogar com Pequim, porém suas propostas têm sido rejeitadas pelas autoridades chinesas. Recentemente, a China realizou jogos de guerra ao redor de Taiwan, logo após a posse de Lai Ching-te, que é visto por Pequim como um “separatista”.
A situação na região permanece tensa e é importante monitorar de perto os desdobramentos desse aumento da presença militar chinesa perto das fronteiras de Taiwan. A comunidade internacional deve estar atenta e buscar formas de promover a paz e a estabilidade na região.