Argentina emite ordem de prisão contra Nicolás Maduro por violações de direitos humanos na Venezuela, incluindo mais 30 colaboradores.

A prisão do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, foi determinada pela Justiça argentina na última segunda-feira, em decorrência de um processo por violações de direitos humanos em seu país. A decisão da Câmara Federal de Buenos Aires ordenou não só a prisão de Maduro, mas também de 30 funcionários e colaboradores do governo venezuelano, incluindo o ministro do Interior e o dirigente chavista Diosdado Cabello.

Essa ação da Justiça argentina foi baseada no princípio de jurisdição universal e visa responsabilizar os envolvidos por um plano sistemático de “sequestro e tortura” de cidadãos venezuelanos. Segundo testemunhos de denunciantes, ficou comprovado que houve repressão, desaparecimento forçado de pessoas, tortura, homicídios e perseguição contra uma parte da população civil da Venezuela desde 2014.

Além de Maduro e seus aliados, a medida inclui responsáveis das forças de segurança e serviços de inteligência do país. O contexto da crise pós-eleitoral na Venezuela, com a contestada reeleição de Maduro em julho, contribui para a tensão entre os dois países.

Por outro lado, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra o presidente argentino, Javier Milei, por ter confiscado um avião de carga venezuelano e entregado aos Estados Unidos. Essa medida foi decorrente de um pedido do procurador-geral venezuelano, que também solicitou a prisão de Patricia Bullrich, ministra da Segurança argentina, e de Karina Milei, secretária-geral da Presidência.

Essa situação evidencia o tensionamento entre Argentina e Venezuela desde a chegada ao poder de Milei, de extrema direita, e a reeleição controversa de Maduro. O afastamento dos funcionários diplomáticos de ambos os países acentua as divergências políticas entre eles. O desenrolar desses processos judiciais e as repercussões políticas na região serão acompanhados de perto nos próximos dias.

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