A audiência de conciliação que resultou nesse acordo ocorreu na 11ª Vara Federal Cível de Belo Horizonte, na última quinta-feira (12). Além da Empabra, estiveram envolvidos na negociação a prefeitura de Belo Horizonte, o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Instituto Guaycui.
A Mina Granja Corumi existe desde a década de 1950, mas as operações foram reduzidas após a Serra do Curral ser tombada como patrimônio em 1990. Em 2007, a Empabra se comprometeu a elaborar um plano de recuperação da área, devido a denúncias de riscos ao Parque Estadual da Baleia. Entretanto, em 2018, as atividades da mineradora foram embargadas temporariamente pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável devido ao descumprimento parcial do acordo.
Em 2019, uma CPI instaurada pela Câmara de Vereadores de Belo Horizonte recomendou a suspensão definitiva da extração de minério na mina. O relatório final indicava a necessidade de bloqueio judicial dos bens da Empabra até a resolução das questões trabalhistas e a recuperação da área degradada.
No último mês, uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou a suspensão imediata de todas as atividades da Empabra na Mina Granja Corumi. A empresa, por sua vez, apresentou um Plano de Fechamento da Mina com o objetivo de transformar a área em um espaço público integrado aos parques da região.
A Empabra alegou que as paralisações das atividades dificultaram o avanço das ações de restauração, apesar de ter assumido o controle da mineradora em 2013 com a intenção de recuperar a área. Agora, com o encerramento das operações, a expectativa é de que a região seja revitalizada e integrada aos espaços naturais circundantes.