Inicialmente, em março de 2021, os seis acusados foram condenados a penas que variavam entre 24 e 43 anos de reclusão, totalizando mais de 221 anos de prisão, segundo a sentença do juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa, da 6ª Vara Criminal de Guarulhos. O valor da carga de ouro roubada foi estimado em R$ 117 milhões pelo Ministério Público. Vale ressaltar que os criminosos utilizaram disfarces de agentes da Polícia Federal durante o assalto.
A decisão do desembargador Roberto Grassi Neto, relator do caso, levou em consideração as consequências do crime, especialmente o transtorno causado à empresa vítima e aos proprietários dos bens roubados. O impacto financeiro e emocional foi um dos fatores determinantes para o aumento das penas.
Entre os condenados encontra-se Francisco Teotônio da Silva Pasqualini, também conhecido como “Velho”. Ele ganhou notoriedade durante as investigações e chegou a ser apelidado de “Professor” pelos policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em referência ao personagem líder de um bando de ladrões na popular série “Casa de Papel”, da Netflix.
O roubo contou com a participação de um total estimado de 14 pessoas e consumiu cerca de R$ 1 milhão dos assaltantes, além de um longo período de planejamento. A ação no aeroporto durou aproximadamente dois minutos e meio e foi registrada pelas câmeras de segurança.
Essa decisão da Justiça de São Paulo representa um avanço no combate ao crime organizado e no fortalecimento da segurança nos aeroportos do país. As penas agravadas impõem um exemplo claro de que a prática de roubos de grandes proporções terá consequências extremamente severas.
É importante destacar que o roubo de cargas, especialmente de alto valor econômico, gera impactos significativos na economia e na segurança pública. Por isso, é fundamental que as autoridades continuem investindo em medidas de prevenção e repressão a esse tipo de crime, garantindo um ambiente seguro para o transporte de mercadorias e a tranquilidade da população.