Siderúrgica chilena Huachipato encerra atividades após 74 anos, deixando milhares de trabalhadores desempregados e país sem produção de aço não reciclado.

A maior siderúrgica do Chile, a Huachipato, está prestes a encerrar suas operações após 74 anos devido à forte concorrência chinesa. O desligamento do forno, previsto para segunda-feira (16), terá como consequência o desemprego de 2,7 mil trabalhadores diretos e terceirizados ligados à empresa, impactando significativamente a economia de uma cidade inteira.

Para muitos dos funcionários, como Fernando Orellana, de 62 anos, a Huachipato representava não apenas um local de trabalho, mas também um símbolo de estabilidade e prosperidade. Orellana, que iniciou sua carreira na limpeza da siderúrgica aos 25 anos e chegou a ser promovido a chefe do setor, lamenta o fechamento da empresa que proporcionou um bom padrão de vida para ele e sua família ao longo dos anos.

Além do impacto social, a decisão de encerrar as atividades da Huachipato terá repercussões ambientais, uma vez que o país deixará de produzir aço não reciclado. Isso levanta preocupações sobre a sustentabilidade da indústria siderúrgica chilena e a dependência crescente de importações de aço.

A situação da Huachipato reflete um desafio global enfrentado por muitas indústrias tradicionais diante da concorrência estrangeira e das mudanças no cenário econômico. A busca por soluções para garantir a sobrevivência e a competitividade dessas empresas se torna cada vez mais urgente, a fim de evitar impactos negativos na economia local e no emprego de milhares de trabalhadores.

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