Candidatos à liderança da Commonwealth defendem reparação por escravidão e colonialismo em debate na Chatham House.

O líder britânico, Charles, fez declarações que demonstram profundo pesar em relação à escravidão durante um discurso para líderes da Commonwealth em 2022. Além disso, o príncipe ofereceu apoio para um levantamento que irá investigar as conexões da monarquia britânica com a escravidão. No entanto, o Reino Unido, assim como outras potências coloniais, tem se recusado a atender aos pedidos de reparação.

O próximo líder da Commonwealth, que irá suceder a britânica Patricia Scotland, será eleito durante um encontro de chefes políticos em Samoa no mês de outubro. Durante um debate na renomada instituição Chatham House, em Londres, os três candidatos declarados – Mamadou Tangara, da Gâmbia, Shirley Botchwey, de Gana, e Joshua Setipa, de Lesoto – manifestaram apoio à ideia de reparação devido à escravidão e ao colonialismo.

Botchwey, ministra das Relações Exteriores de Gana, afirmou que apoia a reparação e sugeriu que a Commonwealth poderia desempenhar um papel importante no assunto caso algum dos Estados membros solicite por uma posição unificada sobre o tema. Por sua vez, Setipa, ex-ministro do Comércio e da Indústria de Lesoto, afirmou que, se eleito, não irá esperar pela iniciativa dos países membros para que a Commonwealth atue.

“A Commonwealth possui um histórico de facilitar a discussão de temas difíceis”, destacou Setipa durante o debate. A questão da escravidão e do colonialismo continua a gerar debates e posições divergentes dentro da Commonwealth, evidenciando a complexidade e delicadeza do tema que envolve diferentes países e suas histórias.

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