Em um discurso em Manaquiri (AM), o presidente afirmou que a rodovia se tornou crucial agora que os rios não estão mais tão navegáveis, tornando a estrada uma ligação fundamental entre as duas capitais. Além disso, Lula prometeu uma retomada da construção com responsabilidade, garantindo parcerias com os estados para evitar desmatamentos e grilagem de terras próximas à estrada.
Em relação às críticas de ambientalistas e comunidades indígenas sobre o impacto da BR-319 na região, Lula defendeu a importância da reconstrução, destacando que a rodovia foi abandonada e está atualmente inutilizada. Ele ressaltou que a obra foi iniciada na década de 1970 e posteriormente deixada de lado, e negou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, seja contrária ao projeto.
Em julho, a Justiça Federal suspendeu a licença prévia para a construção da rodovia, atendendo a um pedido feito pelo Observatório do Clima. A entidade alegou falta de medidas para evitar a destruição da Amazônia. No entanto, em 2022, o Ibama emitiu uma licença prévia para a reconstrução de parte da rodovia a pedido do Dnit.
A promessa de retomada da construção da BR-319 se dá em um contexto de crise climática na Amazônia, com secas nos rios e queimadas. Lula visitou comunidades afetadas pela seca em Manaquiri e Campo Novo, anunciando medidas de combate à seca na região. Em seu discurso, o presidente frisou a importância de utilizar a Amazônia como um recurso econômico para suas comunidades locais, ao invés de preservá-la como um santuário intocado.