Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional da líder da oposição María Corina Machado, relatou nas redes sociais que patrulhas e funcionários encapuzados e armados do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) e da Direção de Ações Estratégicas e Táticas (Daet) cercaram a sede diplomática, que é protegida pelo direito internacional.
“Há relatos de corte de energia na embaixada argentina. Seis opositores da equipe de Corina Machado, incluindo Urruchurtu Noselli, estão asilados na representação diplomática argentina desde março. Ao assumir a custódia da sede diplomática, a embaixada brasileira também assumiu a proteção dos opositores, a integridade física do prédio e dos documentos, além de poder atuar de dentro da embaixada”, destacou a situação dos opositores na representação argentina.
Desde julho, os asilados têm denunciado um cerco por parte da polícia bolivariana às instalações do prédio, com cortes de luz e água. O rompimento das relações diplomáticas com a Argentina e outros seis países latinos, após a reeleição de Maduro, gerou ainda mais tensão na região.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que não foi notificado oficialmente sobre o movimento de revogação da custódia da embaixada. A ministra de Segurança da Argentina declarou que Maduro revogou a autorização e que a Sebin cercou o local com o objetivo de violar as regulamentações internacionais.
Diante desse cenário, a comunidade internacional e os venezuelanos são convocados a resistir à ação considerada autoritária e ditatorial de Maduro. A Argentina demonstrou determinação em não permitir interferências em sua embaixada e a situação permanece delicada em meio à tensão política na região.