A polícia estava fazendo patrulha no bairro de Periperi após receber denúncias de que um suposto traficante estava com outros cúmplices. Durante o confronto, um dos criminosos foi atingido e não resistiu aos ferimentos. Um revólver calibre 38 e munições foram apreendidos. No bairro da Palestina, policiais civis e federais localizaram outro suspeito, que também morreu no confronto com os agentes. Com ele, foi apreendida uma pistola calibre 9mm, com carregador alongado.
Desde sexta-feira, as forças policiais localizaram três fuzis, uma carabina, uma submetralhadora, três pistolas, um revólver, carregadores, munições, radiocomunicadores e peças de veículo roubado com o grupo suspeito de participar da ação que culminou com a morte do policial federal.
Ao todo, um suspeito com mandado de prisão por homicídio foi preso e outros nove suspeitos morreram nos confrontos. No sábado (16), a polícia localizou mais dois suspeitos, um dos quais morreu em troca de tiros em Periperi e o outro foi preso no Residencial Parque das Bromélias.
A operação envolveu a Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Civil e teve como alvo uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, armas e homicídios no bairro de Valéria. Dois policiais ficaram feridos na ação.
Entre os suspeitos mortos está Uélisson Neves Brito, conhecido como Cara Fina, que estava na lista dos foragidos mais perigosos do estado. Com ele e os outros três mortos, foram encontrados dois fuzis, uma submetralhadora e duas pistolas.
Nesta segunda-feira (18), o bairro de Valéria amanheceu sem ônibus e mais de 2.000 alunos tiveram as aulas suspensas. Os transtornos têm sido frequentes na capital baiana ao longo do mês de setembro devido aos problemas na área da segurança pública.
A Bahia está enfrentando um dos momentos mais graves na segurança pública, com o aumento da violência entre facções criminosas, chacinas e aumento da letalidade policial nas periferias das cidades. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a Bahia é o estado com o maior número absoluto de mortes violentas no Brasil desde 2019.
Em 2022, o estado conseguiu reduzir em 5,9% o número de assassinatos, totalizando 6.659 casos. No entanto, a Bahia foi o estado com o maior número de mortes decorrentes de intervenção policial no ano passado, com 1.464 ocorrências, uma média de 28 casos por semana. Desde 2015, o número de mortes registradas como autos de resistência quadruplicou no estado.