Suposta alteração de cena de crime em ação policial contesta versão de legítima defesa em Goiânia

No caso envolvendo a ação policial em Goiânia, a Polícia Militar alegou legítima defesa ao atirar contra o piloto e outros dois indivíduos durante uma suposta operação de combate ao tráfico. No entanto, laudos anteriores do Ministério Público apontaram para uma possível alteração da cena do crime, levantando dúvidas sobre a versão apresentada pelas autoridades.

Um dos pontos de destaque foi a remoção dos estojos das munições das armas dos policiais do local. Além disso, as armas supostamente utilizadas pelos três mortos foram encontradas em uma caminhonete, levantando suspeitas sobre como essas armas foram parar no veículo, já que os policiais não souberam explicar em seus depoimentos.

A Promotoria, apesar de reconhecer as irregularidades, decidiu arquivar o caso alegando falta de provas na época. No entanto, os laudos cadavéricos indicaram que os indivíduos já estavam mortos antes de serem retirados do local, o que gerou questionamentos sobre a conduta dos policiais e a necessidade real do atendimento médico prestado.

As tentativas de contato com os principais envolvidos, como a equipe de Pablo Marçal e o tenente-coronel Edson Raiado, não obtiveram resposta. A Secretaria de Segurança Pública de Goiás pediu que a demanda fosse encaminhada à Polícia Civil, que também não se manifestou. A Polícia Militar de Goiás também não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Por fim, vale ressaltar que Pablo Marçal, candidato a deputado em Goiás, declarou ter contratado o tenente-coronel Raiado como segurança devido a ameaças que estaria sofrendo. No entanto, a presença do oficial ao seu lado foi tratada como “ajuda de um amigo” pela sua assessoria, o que levanta ainda mais questionamentos sobre a relação entre os acontecimentos.

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