De acordo com a Cetesb, especialmente nas zonas Leste e Norte, a qualidade do ar foi classificada entre ruim e muito ruim, o que evidencia a concentração de poluentes na atmosfera. Capitão Farina, diretor de comunicação da Defesa Civil de São Paulo, explicou que a inversão térmica ocorre quando uma camada de ar quente se posiciona sobre uma camada de ar frio, impedindo a dispersão dos poluentes e levando à concentração de poluentes próximos ao solo, resultando em níveis elevados de poluição.
Essa situação fez com que muitas pessoas observassem o céu com um tom mais escuro, denotando a presença visual da poluição. Além disso, a expectativa é de que o tempo seco persista na região Sudeste, com pouca probabilidade de chuvas durante o mês de setembro e temperaturas acima da média no interior de São Paulo, de acordo com informações do Climatempo.
O clima seco também tem favorecido a propagação de incêndios no estado de São Paulo, que segue enfrentando altos índices de queimadas. O governo anunciou o fechamento de 80 unidades de conservação devido aos incêndios florestais. Durante o mês de agosto, o estado registrou o maior número de queimadas desde o início da série histórica em 1998, com um aumento de 989% nos focos de incêndio, apontados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Neste contexto, pelo menos sete cidades do interior paulista registraram focos de queimadas, o que levou a Defesa Civil a decretar estado de emergência para incêndios em diversas regiões do estado. A preocupação com a qualidade do ar e a incidência de incêndios tem mobilizado autoridades e população a tomarem medidas para minimizar os impactos da poluição e dos incêndios na capital e demais localidades de São Paulo.
