Os crimes de Ferreira, segundo o Ministério Público, teriam ocorrido ao longo dos anos de 2011, 2015, 2019, 2022 e 2023. As investigações identificaram um total de 42 vítimas, das quais 33 optaram por representar criminalmente contra o médico. De acordo com relatos das pacientes, Ferreira abusava de sua posição profissional para cometer os atos de violação, muitas vezes sem consentimento prévio ou aviso.
O advogado de defesa de Ferreira, Francisco Resende, informou que irá recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça, alegando que ainda está analisando o caso em detalhes. O médico, que já havia sido preso em junho do ano passado após os primeiros relatos de abuso, teve sua prisão mantida devido ao aumento do número de denúncias durante o decorrer das investigações.
Ferreira, que se apresentava como defensor da humanização da ginecologia e obstetrícia em seu site, chegou a se candidatar a deputado federal pelo partido Novo em 2022, mas não foi eleito. O Conselho Regional de Medicina do Paraná instaurou uma sindicância e um Processo Ético-Profissional para apurar o caso, podendo resultar desde uma advertência até a cassação do exercício profissional do médico, a ser confirmada pelo Conselho Federal de Medicina.