Operação Máximus: PF investiga venda de sentenças no TJ-TO e faz prisões preventivas em cinco Estados, incluindo autoridades da Corte

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a Operação Máximus, que tem como objetivo investigar a suposta venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins e a lavagem de propinas. Dois investigados foram presos preventivamente, dentre eles a presidente da Corte, Etelvina Maria Sampaio Felipe, a vice-presidente Ângela Maria Ribeiro Prudente, a desembargadora Angela Issa Haonat, e o desembargador João Rigo Guimarães, que preside o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. Além deles, os juízes José Maria Lima, Marcelo Eliseu Rostirolla, Océio Nobre da Silva e Roniclay Alves de Moraes também estão sob investigação.

A operação foi autorizada pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, que também determinou o afastamento dos magistrados de seus cargos. A ação da PF consistiu no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e na realização de buscas em 60 endereços localizados em Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Os supostos crimes investigados incluem corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O nome da operação, Máximus, faz referência ao personagem do filme Gladiador que combateu a corrupção no Império Romano. Essa é a segunda operação realizada por ordem de Noronha em duas semanas para investigar a venda de sentenças em tribunais estaduais. Recentemente, a Operação 18 Minutos foi desencadeada para apurar um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça do Maranhão.

A lista dos investigados inclui diversos nomes, desde magistrados até empresas relacionadas ao suposto esquema. A reportagem procurou os investigados e o Tribunal para obter posicionamento, e está aberta para receber manifestações. A investigação seguirá seu curso para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos, conforme determinado pela Justiça.

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