Os partidos de direita, como PL, Republicanos e União Brasil, lideram em número de candidatos ligados às forças de segurança. Um em cada seis candidatos vinculados a esse perfil é do PL, atual legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. O PL destacou-se nessas eleições ao dar protagonismo a policiais militares, delegados, militares e guardas municipais na formação de chapas para as prefeituras. O número de candidatos desses segmentos dobrou no partido em relação a 2020, e dos 14 candidatos a prefeito do PL em capitais, 4 são policiais.
Na cidade de São Paulo, o coronel da reserva da PM Ricardo Mello Araújo (PL) foi indicado para vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição. Já os partidos de esquerda, como PCO, PC do B e PSOL, tiveram menos representantes nessas eleições, com apenas um candidato do PCO e 17 e 18 candidatos do PC do B e PSOL, respectivamente.
Os estados do Sudeste e Sul lideram em número de candidatos das forças de segurança, com São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul concentrando a maior parte desses candidatos. Especialistas apontam que o número total de candidatos ligados às forças de segurança pode ser maior, uma vez que alguns profissionais utilizam a declaração de “servidor público” em vez da profissão específica.
No Senado, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) enviada pelo governo Lula busca estabelecer regras para impedir que militares da ativa das Forças Armadas disputem eleições ou ocupem cargos no primeiro escalão do Executivo. A proposta também prevê que militares que desejam se candidatar sejam transferidos para a reserva, sem possibilidade de retorno à carreira, e propõe o fim da remuneração, a menos que o militar já tenha cumprido 35 anos de serviço.