No entanto, em meio a denúncias de fraudes, Maduro foi reeleito para um mandato até 2031, deixando Ochoa desiludido e decidido a migrar para os Estados Unidos pela selva de Darién. Ele já havia vendido seus pertences e preparado uma mochila para a jornada de aproximadamente 15 dias.
A liderança da oposição venezuelana, María Corina Machado, alertou sobre uma possível “onda de migração sem precedentes” caso Maduro permaneça na presidência. A incerteza paira sobre o país, com organizações multilaterais e vários países pressionando por transparência nos resultados eleitorais.
Segundo a ONU, cerca de 7 milhões de pessoas fugiram da Venezuela, com 3 milhões delas chegando à Colômbia, seu principal destino. A situação humanitária na região de Darién preocupa especialistas, que preveem um aumento no fluxo migratório.
Enquanto isso, no Brasil, Yajaira Deyanira Resplandor expressa sua tristeza e impotência em relação ao seu país natal, desejando retornar apenas sob a condição de saída do presidente Maduro. A incerteza e a falta de perspectivas de um retorno digno assombram os migrantes venezuelanos em diversos países da América Latina.
Enquanto Brasil e Colômbia tentam mediar a crise pós-eleitoral na Venezuela, os migrantes continuam aguardando por dias melhores. A esperança de um retorno ao seu país natal permanece viva, mesmo diante das dificuldades enfrentadas longe de casa. Alba Olivero, que está no Uruguai, espera ansiosamente por mudanças que possibilitem sua volta à Venezuela para contribuir com a reconstrução do país, onde deseja viver e morrer.