Essa renúncia ocorre em meio a um cenário político conturbado, já que Fernández também estava sendo investigado por desvio de verbas durante seu mandato como presidente. Além disso, o escândalo das agressões ganhou projeção internacional quando fotos de Yáñez machucada foram divulgadas pela imprensa. A ex-primeira-dama afirmou que o ex-presidente a pressionou a abortar em 2016 e que o relacionamento deles era marcado por assédio e violência doméstica.
Após a renúncia, Fernández justificou sua decisão afirmando que queria preservar o partido das acusações feitas contra ele. Ele nega as acusações e espera que a Justiça atue de forma justa. O ex-presidente afirmou estar se sentindo ferido emocionalmente com toda a situação e ressaltou seu compromisso com a defesa de sua inocência.
O caso abalou a política argentina, com críticas tanto de opositores quanto de aliados de Fernández. O atual presidente, Javier Milei, e a ex-vice-presidente, Cristina Kirchner, manifestaram desaprovação pelos atos atribuídos ao ex-presidente. Agora, o Partido Justicialista terá que lidar com a renúncia do seu líder em meio a um cenário de incertezas e pressões.
A renúncia de Alberto Fernández marca um capítulo turbulento na história política argentina, com reflexos tanto no partido quanto na opinião pública. Resta aguardar os desdobramentos das investigações e saber como o Partido Justicialista irá lidar com essa crise interna e com as acusações contra seu ex-líder.