No entanto, tanto o governo Bolsonaro quanto o governo Lula, que estão no poder desde janeiro de 2023, não realizaram a revisão do Ideb, mantendo as metas estabelecidas até 2021. Com isso, o país teve uma segunda oportunidade de alcançar os resultados esperados, sendo que apenas nos anos iniciais do ensino fundamental foi possível atingir a meta prevista para dois anos atrás.
Nos anos iniciais, o Ideb atingiu a média de 6, considerando escolas públicas e privadas, representando uma pequena variação em relação a 2019, quando o indicador foi de 5,9. Já nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb de 2023 ficou em 5 pontos, oscilando negativamente em relação aos anos anteriores.
No ensino médio, o indicador alcançou a média de 4,3 em 2023, considerando escolas públicas e privadas, mostrando uma ligeira melhora em relação aos anos anteriores. No entanto, o Ideb ainda está distante da meta estipulada para essa etapa da educação básica, que é de 5,2.
O cálculo do Ideb é baseado no desempenho dos estudantes e na taxa de aprovação, sendo criticado por especialistas por não medir as desigualdades educacionais e por estabelecer expectativas de aprendizagem consideradas baixas. Alguns apontam a necessidade de uma revisão do indicador para torná-lo mais sensível às disparidades no sistema de ensino e dentro das próprias escolas.
Dessa forma, a divulgação do Ideb de 2023 levanta questionamentos sobre a qualidade da educação no país e a necessidade de reformulações no indicador para garantir uma avaliação mais precisa e inclusiva da realidade educacional brasileira.